quinta-feira, 15 de setembro de 2016

FÓSSIL

AZEVICHE
O azeviche é de origem orgânica e uma das variedades de carvão mineral. Este material petrificado é resultante da fossilização de troncos de pinheiros existentes no Jurássico como as Araucariáceas (gênero Agathoxilon) e ou Protopináceas (gêneros Protobrachylon, Brachyoxylon e Baieroxylon). Ele formou-se dos restos de madeira imersos em água estagnada há milhões de anos, sendo em seguida compactado e fossilizado pelas pressões ao ser enterrado. Propriedades térmicas: o poder calorífico determina a eficácia de um carvão como combustível e o azeviche apresenta elevado poder calorífico comparado a outros carvões de igual teor de carbono. Composição química: carvão fóssil. O azeviche é exclusivamente constituído por matéria orgânica, visto que o teor de cinzas é muito baixo (2,27%). A porcentagem de umidade é relativamente elevado (12%). E o teor de enxofre total é de (3,1%) contendo pirita. Do ponto de vista macroscópico o azeviche apresenta um aspecto homogêneo, compacto e sem estrutura nem textura vegetal visível. Apresenta uma intensa cor negra aveludada, um brilho vítreo lustroso e fratura concoidal, arestas cortantes e não mancha ao tato. É pouco denso. Dureza: 2 a 3. Densidade: 1,30 a 1,35. Clivagem: não há. Transparência: opaco. Rastro: castanho. Fluorescência: não há. Quando queimado ou tocado com uma agulha quente, emite odor característico de carvão. Evidências arqueológicas indicam que o azeviche tem sido minerado há uns 1.400 anos a.C. Outros variedades de carvão mineral são a turfa, linhito, antracito, hulha e grafite. Pode acontecer de ter fósseis. A rainha Vitória da Inglaterra difundiu a moda de joias de azeviche, após a morte de seu marido Albert, usando joias negras em sinal de luto. Também conhecido como âmbar negro. Suas reservas são na Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Portugal e outras regiões do mundo. Amostra proveniente da região de Leiria, Portugal.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

MINERAL

RIÓLITO
Rocha magmática porfirítica de formação vulcânica, originária de lava. É um equivalente do granito. Rocha ácida contendo mais de 65% de sílica e mais de 10% de quartzo. Rocha formada pelo resfriamento da lava, resultante de uma erupção violenta. Os vulcões de riólito são frequentemente de escape e liberam muito de materiais fragmentados. Textura: massa mineral principal muito fina e de cor escura quase preta. Com manchas (cristais grandes) cinzentas, brancas, leitosas e acastanhadas, algumas vítreas. Seus componentes minerais maiores em destaque são o quartzo, feldspato e mica. Os minerais acessórios são a biotita e o piroxênio. A hornblenda e a augita estão presentes, alem da tridimita e cristobalita. Diz-se do riólito, uma rocha magmática, que apresenta fenocristais (cristais grandes) disseminados numa massa vítrea ou finamente cristalizada. Os riólitos são encontrados em todas as partes da Terra e em todas as idades geológicas. Amostra italiana.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

MINERAL

UNAKITA
A unakita é uma rocha magmática, um granito alterado e muito peculiar, sendo formada pela união de três minerais diferentes: epídoto, feldspato, quartzo, além dos outros minerais típicos do granito. Verde do epídoto, o rosa-salmão do feldspato e tons brancos e cinzas do quartzo. É precisamente esta mescla o resultado pela beleza desta gema que assume um aspecto manchado. Quanto às propriedades desta rocha, forma um agregado extraordinário, variando quanto a sua aparência. É difícil definir suas propriedades. Assim, por exemplo, não pertence a nenhum sistema cristalográfico concreto, e que teria que definir cada um de seus componentes e não apresenta uma forma química própria e invariável. Tampouco o risco ou rastro, tão característico dos minerais não serve como determinante, pois depende diretamente do ponto do agregado que se testa, podendo ser o epídoto, o feldspato ou o quartzo. Sistema cristalino: monoclínico. Fratura: irregular. Clivagem: nenhuma. Dureza: 6 a 7. Densidade: 2,70 a 3,50. Diafaneidade: opaco. Fluorescência: inexistente. Brilho: vítreo. A denominação de Unakita deriva do lugar em que foi descrita, as montanhas de Unaka, ao norte de Tennesse, EUA. Os índios Cherokee já utilizavam esta rocha artesanalmente e como apetrechos. Utilização: joalheria, estatuária e colecionadores. Ocorrências: Brasil, África do Sul, China, Eua e México.

MINERAL

DUMORTIERITA
Um borossilicato de alumínio. Fórmula química: Al7(BO3)(SiO4)3O3. Sistema cristalino: ortorrômbico. Raramente em cristais nítidos. Morfologia: maciço, granular, fibroso, colunares, prismático e usualmente ocorrendo em agregados radiais e aciculares. Diafaneidade: opaco. Cor: azul, verde, rosa, violeta e castanho. Brilho: vítreo a terno. Clivagem: não há. Fratura: irregular e fibroso. Traço: branco. Dureza: 7. Densidade: 3,36. Ocorrência: rochas magmáticas ácidas, pegmatitos e rochas metamórficas de grãos grossos. Em homenagem ao paleontólogo francês, Eugène Dumortier. Um mineral de ornamentação e estatuária. Existem no Brasil, EUA, Madagascar, Peru e República Checa. Rocha proveniente do Peru.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

MINÉRIO

FERRO


Sistema cristalino cúbico. Fe. Cor: cinzento-metalizado ao negro. Brilho: metálico. Rastro: cinzento, preto, marrom e vermelho. Diafaneidade: opaco. Clivagem: perfeita. Fratura: serrilhado. Tenacidade: maleável. Morfologia: cristais, granulares, maciços e terrosos. Dureza: 4. Densidade: 7,90. Origem: rocha magmática. Composição química: ferro puro (100%), ou com porcentagens variáveis em suas variedades, além de conter algum níquel e frequentemente com pequenas quantidades de cobalto, cobre, manganês e enxôfre. Aspecto diagnóstico: pode-se reconhecer o ferro por seu magnetismo forte, sua maleabilidade e pelo revestimento oxidado, usualmente sobre sua superfície. Outros exemplares de ferro: hematita, magnetita e pirita. O ferro meteórico (meteorito) tem um conteúdo de níquel de 5 a 15% e mostra um padrão hexagonal sobre sua superfície polida e corroída por ácido. Amostras mineradas em Congonhas-MG, e doadas pela mineradora Ferrous.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

MINERAL

QUARTZO AZUL ANIL



Cristal de rocha ou quartzo. Óxido de silício. SiO2. Sistema cristalino trigonal. Apresenta geralmente uma coluna hexagonal com faces piramidais nos extremos. A coloração é tão variável como as suas formas cristalinas. Por vezes incolor (cristal de rocha e cristal hialino), podendo apresentar quase sempre matizado de cores que vão do branco, castanho ao negro. Há as cores violeta, rosa, verde maçã, amarelo, azul, etc. As suas colorações são devidas a impurezas e vestígios de diversos elementos minerais (manganês, ferro, níquel, cromo, vanádio, magnésio, lítio, sódio, potássio, alumínio e titânio) ou ao efeito da radioatividade – caso do quartzo defumado. Nas amostras em destaque, os elementos minerais como o cobre, alumínio ou o zinco devem ter colorido de azul anil o cristal. Brilho: vítreo. Clivagem inexistente. Fratura: concoidal. Dureza: 7. Densidade: 2,6. Origem: magmática e metamórfica. Diafaneidade: transparente, translúcida e opaca. Rastro: branco. Fusibilidade: infusível. As jazidas mais abundantes e importantes estão no Brasil. Novidade no mundo mineral internacional, a recentíssima descoberta e a exclusividade de sua tonalidade azul-anil. Várias amostras brutas e duas espécimes lapidadas como cabochões, com os fenômenos (efeitos) peculiares próprios. Amostras coletadas no município de Gentio do Ouro, Bahia.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

MINERAL

DIAMANTES
Carbono puro cristalizado. C. Sistema cristalino: cúbico, octaédrico, dodecaédrico e hexatetraédrico. São comuns cristais achatados e alongados. Seus cristais assumem várias formas cúbicas com bordas curvas. Clivagem: perfeita. Fratura: concoidal. Dureza: 10. Densidade: 3,5. Brilho: adamantino (os cristais ao natural tem uma aparência gordurosas característica). Cor: branco, incolor, vermelho, alaranjado, róseo, amarelo, verde, azul, castanho, preto. Diafaneidade: transparente, translúcido e opaco. Luminescência: por vezes fluorescentes às vezes fosforescentes. Morfologia: cristais cúbicos, octaédricos e geminados. Traço: branco. Fusibilidade: infusível. Origem: rochas sedimentares, ígneas e depósitos hidrotermais. Ensaios: indissolúvel nos ácidos e nos álcalis. Aspectos diagnósticos: distingue-se o diamante dos minerais com aparência semelhante por sua grande dureza, o brilho adamantino e clivagem. Ocorrências: acha-se o diamante mais comumente nas areias e cascalhos nos leitos dos córregos e rios, onde se preservou por causa de sua natureza química inerte, sua grande dureza e sua densidade razoavelmente alta. Ou na formação de sopa, conglomerado diamantífero de cimento argiloso, que constitui grandes depósitos em alguns pontos de lavra. Nas regiões diamantíferas, os diamantes são acompanhados de trinta e três diferentes satélites (minerais).  São eles: cativo, ovo de pomba, palha de arroz (cianita), sericória, fava, osso de cristal, tinteiro, cabeça de macaco, agulha, ferragem, feijão (turmalina preta), chicória (granada), caboclo lustroso (limonita), seixo de cristal arredondado, verga de aço, sillimanita, sílex, pedra de Santana (limonita limonitizada), pingo d’agua, lacre (jaspe vermelho), martita, magnetita e fósseis diminutos. Alguns destes satélites são muitos magnetizados, outros são mais ou menos e outros sem. Os diamantes industriais são os carbonados, borts e balas, de formas arredondadas e exteriores ásperos, e só servem para atividade industrial, não são considerados gemas. No Brasil a garimpagem iniciou-se no século XVII, em Diamantina-MG.  Hoje, o extrativismo acontece em Coromandel, Estrêla do Sul, Romaria, Abadia dos Dourados, Monte Carmelo, Uberaba e Abaeté, MG. Na Bahia, Lençóis e Andaraí. Mato Grosso, Juína. E em quase todos os estados brasileiros. No mundo, África do Sul, em rocha kimberlítica. Congo Belga, Angola, Namíbia, Austrália, Índia e Rússia. Na foto, se vê os diamantes industriais (carbonado, bort e bala), e os diamantes gemas de vários tamanhos, cores e formas cristalográficas.